5 coisas que deve saber sobre o Pilates

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O Pilates está na moda e isso pode ser explicado já que com poucas repetições pode trabalhar todas as partes do corpo e em 45 minutos. Uma das principais diferenças que vai notar no Pilates é que que os exercícios têm apenas entre seis a oito repetições, pelo que fazer o movimento com qualidade é fundamental para obter resultados e a isso alia-se a cada exercício um tempo de isometria, é o tempo em que as posições são mantidas em permanência por alguns períodos de tempo com interesse de maximizar os benefícios da prática e fortalecer a musculatura de forma rápida e intensa. Preocupe-se, durante a aula, com a qualidade do movimento e não na quantidade das repetições nem no movimento superficial. Neste artigo destaco os principais pontos a ter em conta antes de iniciar uma aula de Pilates.

1 – CONCENTRAÇÃO

Assim que entramos numa aula de Pilates pela primeira vez, pode parecer opressivo que lhe peçam que verifique a sua postura e alinhamento, que trabalhe certos grupos musculares fundamentais para alinhar a postura dos pés à cabeça. Que se concentre na forma de respirar, que execute os movimentos controladamente, ative certos músculos e conte os números de repetições, tudo ao mesmo tempo. Este nível de foco é um perfeito método para se libertar do stress diário pois torna a mente presente e consciente, é impossível estar numa aula de Pilates e estar a pensar nas tarefas do dia na pressão que sente no trabalho. Não há espaço para pensar em qualquer outra coisa que não seja no que o seu corpo está a fazer. As aulas de Pilates são dirigidas do início ao fim pelo instrutor e são tão detalhadas verbalmente que é importante prestar muita atenção a essa condução. Espera-se que o aluno siga essa orientação e procure responder fisicamente, executando o movimento descrito. A capacidade de ouvir uma ordem e fazer o corpo responder sem dificuldade faz desenvolver a consciência e a agilidade corporal do aluno. Se uma pessoa for ao ginásio e fizer centenas de “agachamentos” e o posicionamento dos pés for incorreto por falta de instrução estamos perante uma ausência de consciência do corpo da própria pessoa ou mesmo negligência profissional.

2 – IMAGINAÇÃO

A imaginação é outro aspecto que devemos observar em nós quando começamos a fazer Pilates. Ser capaz de visualizar na sua mente o movimento que deseja fazer vai ajudá-lo a executá-lo. A mente dá a ordem visual ao corpo e este vai responder a esse estímulo visual. Entender o movimento e executá-lo são coisas distintas. Muitas vezes, quando o corpo não responde ao movimento e não o conseguimos executar é porque o corpo e mente estão desconectados. A mente está dispersa do corpo. Crie uma imagem visual do movimento e o corpo vai, por insistência da mente, responder. Por isso, lembre-se, não concentre-se.

3 – ALINHAMENTO

Cada aula de Pilates inicia-se com o alinhamento da coluna, de forma a chegar à chamada posição neutra, contraindo-se ligeiramente a barriga. Esta postura é mantida ao longo dos 45 minutos da aula. Desta forma, uma vez que todos os exercícios têm como objectivo fortalecer o centro do corpo, conseguirá trabalhar as zonas mais problemáticas, como a barriga, as ancas e as nádegas, que serão fortemente tonificadas.

Esse movimento faz ativar o centro do corpo ou “core” de onde partem todos os movimentos do corpo. Cada exercício do sistema Pilates é um exercício para o core ou centro de força. Muitas pessoas se exercitam sem prestarem atenção ao início de cada movimento. O resultado disso é a execução incorreta ou superficial dos exercícios. Use o core para começar cada exercício, pondo-o em ação antes de todos ou outros grupos musculares.

4 – RESPIRAÇÃO

Outro ponto importante no Pilates, a respiração. Respirar correctamente é essencial em Pilates. Esta é, normalmente, a área mais complicada de dominar. Como tentamos manter sempre o transverso abdominal constante e suavemente contraído, a respiração tem de ser lateral-torácica ou diafragmática  (as costelas expandem lateralmente na inspiração e relaxam na expiração, mantendo o abdominal com a mesma contração ligeira e sem levantar os ombros).

Vai ouvir com alguma frequência para inspirar a fazer uma cova na barriga para afundar o umbigo, levar o ar para as omoplatas ou costas; sentir o ar a entrar e fazer expandir as costelas para os lados e para trás. Isso é diferente da nossa habitual forma de respirar e sentir expandir apenas o peito para a frente e para cima. Experimente: – sente-se direito e leve a consciência para as costelas na parte lateral e costas, imagine os músculos das costas e da parte lateral da caixa torácica a alongarem-se com a inspiração, depois expire. Se o corpo não responder à primeira tem de usar a técnica de imaginação descrita anteriormente e persista.

5 – CONTROLO

Não existem movimentos desleixados ou casuais no Pilates. Isso significa que não deve fazer por fazer com o objetivo de terminar rapidamente a sequência. O objetivo não é chegar ao fim do exercício mas é a sua execução.

É comum quando estamos a fazermos exercício físico trabalhar isoladamente partes do corpo. Como por exemplo: querer trabalhar os glúteos e esquecer o resto do corpo, o posicionamento e alinhamento ficam esquecidos, algumas partes do corpo ficam soltas e o movimento saí desajeitado, enquanto ao aprender Pilates há um auto correção para reeducar o corpo a se movimentar. No Pilates o corpo todo trabalha. Todos os exercícios de Pilates trabalham em cadeias musculares e nunca os músculos isoladamente. Quando estiver a movimentar uma parte do corpo, tem de se manter consciente do todo.

Todos os movimentos têm de ser realizados lentamente e de forma controlada. Nunca se deve fazer um exercício demasiado depressa nem com grandes arranques ou impulso. Isso é meio caminho para perder o controlo do movimento e dos músculos. Por isso, a contração isométrica é um grande componente do Pilates. Todos os exercícios de Pilates começam e terminam com contrações isométricas. Isto é, suster o corpo em uma posição fixa por um determinado tempo, significa, manter o músculo ativo e a fazer força mas sem movimento. Esta técnica de se exercitar está presente em todos os exercícios de Pilates. Frequentemente, usamos contrações isométricas para evitar que a pelve, os joelhos, ombros ou a coluna se movam enquanto executamos os exercícios mais dinâmicos para evitar que ocorra o desalinhamento postural. Se os músculos abdominais, dos glúteos ou das costas, que fixam a coluna direita não estiverem permanentemente ativados, um simples movimento de levantar os braços para cima faz destabilizar a coluna do seu alinhamento inicial. Nesse caso, vai aprender na aula de Pilates como ativar certos músculos para “prender” o corpo e manter o alinhamento. As contrações isométricas ocorrem para produzir calor nos músculos, fortalecer a musculatura profunda, evitar lesões e corrigir a postura.

O Pilates é excelente para quem quer iniciar-se na prática de exercício física, é um excelente complemento para outros desportos pois vai desenvolver aptidões especiais para melhorar o movimento e a performance física. Há imensas outras regras a ter em conta dentro de um aula de Pilates que convém aprender com tempo e não apenas numa única aula.